Oi gente!
Estava sumida, mas prometo que no dia 20 eu volto com tudo, estive preparando algumas novidades por aqui no blog e espero de coração que vocês gostem! Hoje, a postagem foi feita com muito carinho pelo Rafael Diniz. Confiram:
Os tutores de cachorros estão acostumados a chegar em casa e, de vez em quando, encontrar almofadas rasgadas, saco de ração virado no chão, entre outras peripécias cometidas no tempo ocioso de seus pets. No entanto, ao dar a devida bronca nos cães, estes assumem uma postura que fazem pensar que estão realmente arrependidos pelo “crime” cometido.
Traduzimos uma postura como “culpada” por causa das movimentações abaixadas e inseguras que lembram as de uma pessoa que se sente arrependida e envergonhada, ou quando ela é pega “no flagra”. O cãozinho bandido pode também abrir mais os olhos e piscar mais rápido. Além disso, é comum evitar o contato visual com seu tutor ou então curvar-se e fazer o famoso olhar de cão abandonado.
Nota-se também as orelhas colocadas para trás, mais perto de sua cabeça. Ele pode bocejar, abaixar a cauda e deitar-se no chão em um movimento de tentar esconder-se. É possível que se afaste da cena que causou o conflito com o tutor, como se não conseguisse encarar o acontecido por estar profundamente arrependido.
No entanto, apesar de parecerem realmente culpados pela bagunça que causaram, esta é apenas uma resposta a expressão de raiva de seus tutores. Os cães são observadores natos do comportamento humano, e reagem de acordo com a postura, o tom de voz, e, principalmente a linguagem corporal e energia de quem está interagindo com eles.
Quando o cão nota alguém chateado, seu instinto é reagir de maneira tranquilizadora, numa tentativa de acalmar a situação e minimizar qualquer confronto possível. A reação do bichinho pode incluir tentativas de parecer mais fofo, como um filhote, abaixando a cabeça, se encolhendo ou desviando o olhar para o chão. A partir do momento que o animal aprende a associar esse comportamento tranquilizador com episódios de repreensão - como incidentes envolvendo fazer as necessidades em locais inadequados, ou objetos quebrados -, torna-se um hábito reagir dessa maneira quando a bronca acontece.
Sendo assim, quando percebem um confronto com seus humanos, o comportamento apaziguador entra em ação, para tentar aliviar a repreensão ou punição.
Isso não quer dizer que o animal não tem a capacidade de compreender que fez algo de errado. Quando chegamos em casa e encontramos a bagunça feita pelo cão, vemos o resultado de uma ação cometida horas atrás, e ele não consegue relacionar a bronca dada com a atitude dele. Ao acreditar que o cão se sente culpado por conta da maneira que ele se comporta, causamos conflito em ambos lados da relação, cães e donos.
Essa crença alimenta a expectativa criada pelo tutor de que um cachorro pode compreender o que é moral e, assim, refletir sobre seu comportamento da mesma maneira que uma pessoa faria em uma situação embaraçosa. Quando o cachorro não corresponde a expectativa de se comportar da maneira que seu tutor espera, este pode sentir-se decepcionado com o animal, já que, da outra vez que ele quebrou um vaso, ele “mostrou” que estava arrependido de seu ato. Ao estabelecer a culpa do lado do cão, que já deveria “ter aprendido” sua lição, a responsabilidade do proprietário pelo comportamento de seu pet é reduzida.
Deixe a concepção de que os cães se sentem culpados para trás, e de maneira oposta, coloque-se no papel de líder e reconheça que eles se sentem inseguros e ameaçados no momento. O correto é tentar corrigir o animal na hora em que o comportamento negativo acontece. Não reaja ao olhar de culpado, ensine o cão sobre comportamentos que considera aceitável, recompense o comportamento desejado e gerencie o ambiente dele para evitar a tentação. Assim, aos poucos, ele vai fazendo a associação e entendendo que não deve mais agir daquele modo. O comportamento do cão melhorará — assim como os laços do animal e seu tutor.
Estava sumida, mas prometo que no dia 20 eu volto com tudo, estive preparando algumas novidades por aqui no blog e espero de coração que vocês gostem! Hoje, a postagem foi feita com muito carinho pelo Rafael Diniz. Confiram:
Os tutores de cachorros estão acostumados a chegar em casa e, de vez em quando, encontrar almofadas rasgadas, saco de ração virado no chão, entre outras peripécias cometidas no tempo ocioso de seus pets. No entanto, ao dar a devida bronca nos cães, estes assumem uma postura que fazem pensar que estão realmente arrependidos pelo “crime” cometido.
Traduzimos uma postura como “culpada” por causa das movimentações abaixadas e inseguras que lembram as de uma pessoa que se sente arrependida e envergonhada, ou quando ela é pega “no flagra”. O cãozinho bandido pode também abrir mais os olhos e piscar mais rápido. Além disso, é comum evitar o contato visual com seu tutor ou então curvar-se e fazer o famoso olhar de cão abandonado.
Nota-se também as orelhas colocadas para trás, mais perto de sua cabeça. Ele pode bocejar, abaixar a cauda e deitar-se no chão em um movimento de tentar esconder-se. É possível que se afaste da cena que causou o conflito com o tutor, como se não conseguisse encarar o acontecido por estar profundamente arrependido.
No entanto, apesar de parecerem realmente culpados pela bagunça que causaram, esta é apenas uma resposta a expressão de raiva de seus tutores. Os cães são observadores natos do comportamento humano, e reagem de acordo com a postura, o tom de voz, e, principalmente a linguagem corporal e energia de quem está interagindo com eles.
Quando o cão nota alguém chateado, seu instinto é reagir de maneira tranquilizadora, numa tentativa de acalmar a situação e minimizar qualquer confronto possível. A reação do bichinho pode incluir tentativas de parecer mais fofo, como um filhote, abaixando a cabeça, se encolhendo ou desviando o olhar para o chão. A partir do momento que o animal aprende a associar esse comportamento tranquilizador com episódios de repreensão - como incidentes envolvendo fazer as necessidades em locais inadequados, ou objetos quebrados -, torna-se um hábito reagir dessa maneira quando a bronca acontece.
Sendo assim, quando percebem um confronto com seus humanos, o comportamento apaziguador entra em ação, para tentar aliviar a repreensão ou punição.
Isso não quer dizer que o animal não tem a capacidade de compreender que fez algo de errado. Quando chegamos em casa e encontramos a bagunça feita pelo cão, vemos o resultado de uma ação cometida horas atrás, e ele não consegue relacionar a bronca dada com a atitude dele. Ao acreditar que o cão se sente culpado por conta da maneira que ele se comporta, causamos conflito em ambos lados da relação, cães e donos.
Essa crença alimenta a expectativa criada pelo tutor de que um cachorro pode compreender o que é moral e, assim, refletir sobre seu comportamento da mesma maneira que uma pessoa faria em uma situação embaraçosa. Quando o cachorro não corresponde a expectativa de se comportar da maneira que seu tutor espera, este pode sentir-se decepcionado com o animal, já que, da outra vez que ele quebrou um vaso, ele “mostrou” que estava arrependido de seu ato. Ao estabelecer a culpa do lado do cão, que já deveria “ter aprendido” sua lição, a responsabilidade do proprietário pelo comportamento de seu pet é reduzida.
Deixe a concepção de que os cães se sentem culpados para trás, e de maneira oposta, coloque-se no papel de líder e reconheça que eles se sentem inseguros e ameaçados no momento. O correto é tentar corrigir o animal na hora em que o comportamento negativo acontece. Não reaja ao olhar de culpado, ensine o cão sobre comportamentos que considera aceitável, recompense o comportamento desejado e gerencie o ambiente dele para evitar a tentação. Assim, aos poucos, ele vai fazendo a associação e entendendo que não deve mais agir daquele modo. O comportamento do cão melhorará — assim como os laços do animal e seu tutor.
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